quarta-feira, agosto 29, 2007

Mudança

É, pessoal, após quase 2 anos, mudei o layout da página e o nome dela também. Enjoado daquela cor de vinho, acho que já estava na hora de trocar.
O que não deve mudar aqui deve ser a qualidade dos textos. Aqueles que torciam o nariz não têm nada pra comemorar e quem gostava vai continuar apreciando.
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Top 5: Bootlegs

Para quem desconhece essa palavra, bootleg nada mais é do que um registro não-oficial de um artista, ou melhor, pirata mesmo. Existem várias espécies de boots: gravados da platéia (AUD), gravados da mesa de som (Sound-board), sobras ou demos de estúdio (STD), além de shows lançados somente em vídeo (VHS, DVD, etc) que acabam virando disco.

Desde que comecei a acompanhar música, sou interesssado nesse tipo de produto, visto que muitas vezes as bandas acabam deixando muita coisa boa de fora do catálogo oficial, ou até mesmo omitindo certas épocas de suas carreiras de registros ao vivo.

Aí vaí minha lista dos 5 melhores discos piratas:

Maiden England - Iron Maiden: ah, como o Iron era legal! Gravado nos dias 27 e 28 de novembro de 1988, durante a turnê do disco Seventh Son Of A Seventh Son, em Birmingham, Inglaterra. Foi lançado em VHS em 1989. É o fim da era de ouro do grupo inglês, antes da entrada do famigerado guitarrista Janick Gers no lugar do Adrian Smith (atualmente, os 2 estão juntos na banda). Além da gravação perfeita, o set-list deixa as músicas "arroz de festa" de lado e aposta em raridades, tais quais: "Still Life", "Die With Your Boots On", "Killers", "Infinite Dreams" e "The Prisoner".

Rock in Rio - Whitesnake: muita gente renega ou tem vergonha dos anos 80, eu não. Principalmente no rock pesado, essa década foi maravilhosa. O festival idealizado e realizado pelo Roberto Medina em janeiro de 1985, trouxe pela primeira vez ao Brasil bandas que se não estavam no auge, ainda não eram decadentes. Escalado às pressas, no lugar do Def Leppard, o Whitesnake era formado pelo vocalista-fundador David Coverdale, o guitarrista John Sykes, o baixista Neil Murray, o tecladista Richard Bailey e o batera Cozy Powell. O som do disco está nota 9, acho que foi gravado da fita-master da Globo (que transmitiu o festival). Pérolas: "Ain't No Love In The Heart Of The City" (com enorme participação do público) e "Love Ain't No Stranger".

Black And Purple - Black Sabbath: quando me perguntam qual o verdadeiro Black Sabbath eu respondo: - com Ozzy, claro! Agora, a minha formação "xodó" é com o Ian Gillan no vocal. Esse bootleg foi gravado em Quebec, Canadá no dia 20/10/83, direto da mesa de som. Petardos como "Children Of The Grave", "Supernaut", "Rock'n'Roll Doctor" e "Heaven And Hell" ganham potência na voz de Gillan (este senhor arregaçou nessa tour, pqp!). Curioso também é ouvir o Sabbath tocando "Smoke On The Water" do Deep Purple...


Live in Sao Paulo, Brazil - Van Halen: eles ainda não tinham lançado o disco 1984, o vocalista ainda era o David Lee Roth, o Eddie Van Halen ainda não tinha surtado, e era considerado o maior guitarrista do mundo nessa época. O som não está lá essas coisas, não sei exatamente a fonte de gravação, mas suspeito de ter sido da platéia. Todavia, o que torna esse piratola especial foi ter sido a única apresentação do VH no Brasil e as músicas "despintadas" atualmente como: "The Full Bug", "Little Dreamer", "Cathedral / Secrets"e "Little Guitars". Porque eu não nasci em 1970 e paulista?

Live In Auckland - Kiss: Se a lista é minha, tem sempre que ter Kiss! Esse disco foi gravado em 03/11/80 na Nova Zelândia, no final da turnê do álbum Unmasked. Com Eric Carr (bateria) na formação, a banda ganhou um certo vigor e parecia mais coesa. Ace Frehley está tocando e cantando bem (e pensar que menos de 1 ano depois ele praticamente se isolou do mundo, afogado no álcool). Algumas músicas estavam bastante em alta perante os neo-zelandeses, como: "Shandi", "I Was Made For Lovin' You" e "Talk To Me" (na voz do Ace). A qualidade do áudio é ótima, apesar dos gritos histéricos da platéia, formada em sua maioria por crianças, que consideravam os músicos do Kiss como super-heróis...
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quinta-feira, agosto 16, 2007

ALEX SKOLNICK TRIO - Goodbye To Romance: Standards For A New Generation (2002)


Eu odeio o Emmerson Nogueira. Este pastiche de músico, ganha a vida às custas da obra alheia e duvido que pague os direitos autorais aos compositores originais. E o que é aquela vozinha rouca tocando no som ambiente da praça de alimentação do shopping bem na hora que você está tentando almoçar? Pqp...

Entretanto, quando o artista regrava a música dos outros e adiciona novas idéias, fica muito mais interessante. Esse é o caso do americano Alex Skolnick.

O guitarrista californiano nasceu em 1968. Aos 9 anos de idade, fanático pelo Kiss (o moleque sabia das coisas), decidiu estudar guitarra. Aos 16, montou o grupo Legacy, que posteriormente foi rebatizada como Testament, clássica banda de thrash metal a qual abandonou em meados de 1992. Ingressou no Savatage para gravação e turnê do disco Handfull Of Rain em 1994, porém logo decidiu seguir carreira solo.

Músico completo, formado na New School University de Nova York, seu gosto musical foi transformado quando descobriu a música de Miles Davis, demonstrando que não se limitaria ao mundo do metal, mas também ao jazz, funk e world music. Daí surgiu o Alex Skolnick Trio, que conta com Matt Zebroski na bateria e Nathan Peck no contra-baixo.

O disco em questão, é um deleite para aqueles que curtem rock pesado, mas têm cabeça aberta em relação ao jazz. Particularmente, sou fã dos dois estilos. Imagine "Detroit Rock City" (Kiss); "Dream On" (Aerosmith); "Goodbye To Romance" (Ozzy Osbourne); "War Pigs" (Black Sabbath) e "Still Loving You" (Scorpions) em versões instrumentais jazzísticas, totalmente diferentes das originais: com novos arranjos, solos de guitarra semi-acústica, bateria "vassourinha" (típica do estilo), e slides de rabecão (contra-baixo acústico).

Sensacional, é uma das melhores descobertas que tive nos últimos anos, muito bom gosto, técnica com suavidade, sem exageros de virtuose. A banda ainda lançou mais 2 discos: Transformation (2004), que contém versões de "Electric Eye" (Judas Priest) e "The Trooper" (Iron Maiden), por exemplo, e Last Day In Paradise (2007).

Recentemente, Alex voltou ao Testament que, inclusive, tocou no Brasil em maio deste ano. Mas o trio de jazz continua e, por mim, não deve acabar nunca!

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terça-feira, agosto 14, 2007

Book n' Roll

Amante de música e literatura, adoro a união destes dois mundos. Biografias, análises, songbooks e resenhas são um vício. O problema é que, apesar de adquirir tais obras, tenho pouco tempo para degustá-las. Eis abaixo alguns livros que estão em minha prateleira, à espera de, até que enfim, serem lidos (prometo terminá-los o mais breve possível):

The Beatles - Antologia - (Editora Cosac Naify, 2001)




Rock And Roll - Uma História Social - Paul Friedlander (Editora Record, 2002)




Kiss - Por Trás da Máscara - David Leaf & Ken Sharp (Editora IBEP, 2006)

Zappa - Detritos Cósmicos - Fábio Massari (Editora Conrad, 2007).

Elvis - Maurício Camargo Brito (Lira Editora, 2005)


sexta-feira, agosto 10, 2007

Top 5: bateristas

Sempre quis aprender a tocar bateria. Acho impressionante o ritmo, senso de tempo, marcação, as levadas, viradas e "cortes" (aquela batida no prato). Um dia ainda possuirei um estúdio particular e lá vai ter uma para eu martelar peles e pratos. Aí vai uma listinha dos meus 5 bateristas favoritos:


Neil Peart: o mais famoso e premiado baterista do rock. Integrante do Rush desde 1975, mudou o som da banda: de clone do Led Zeppelin à originalidade e coesão do hard progressivo dificil de rotular ali em diante. O kit que usa é uma monstruosidade de pratos, tons, bumbos, pads e triggers eletrônicos, etc. E o cara usa isso tudo! Além disso é o responsável pela parte lírica dos discos (não que isso represente alguma coisa pra mim, já que dou a mínima para letras). Conta a lenda que certa vez equilibrou uma moeda na parede por mais de 10 segundos ao ritmo de baquetadas.
Discos recomendados: 2112 (1976) e Moving Pictures (1981)



Cozy Powell: falecido em 1998, num acidente de moto (sua paixão). Era uma "fera" no instrumento. Batia forte, pesada e precisamente. Sua primeira grande chance foi ser chamado para o Jeff Beck Group onde ficou nos anos de 1971-72, gravando 2 discos. Depois integrou o Bedlam, mas ficou famoso mesmo a partir de 1976, quando foi chamado por Richie Blackmore para integrar o Rainbow, permanecendo até 1980. Gravou e excursionou com diversas bandas, entre elas: MSG, Phenomena, Black Sabbath, Emerson Lake & Powell, Whitesnake e Yngwie Malmsteen.
Discos recomendados: Rainbow - Rising (1976) e Whitesnake - Slide It In (1984);





Eric Carr: outro que já foi pro andar de cima, em novembro de 1991, no exato dia da morte do Freddie Mercury. Entrou no KISS em 1980, na turnê do disco Unmasked, substituindo o fraquíssimo Peter Criss. Possuia um estilo "John Bonham" (Led Zeppelin) de tocar: batia muito forte, os bumbos sempre em evidência, além de fazer ótimos backing vocals. Com ele a música da banda ganhou mais em técnica e peso. Faz muita, muita falta...
Discos recomendados: Creatures Of The Night (1982) e Lick It Up (1983)






Ian Paice: único membro remanescente da formação original do Deep Purple. Canhoto, possui um estilo peculiar, meio jazzístico, ao mesmo tempo, com bastante groove. No recesso do DP, entre 1976 a 1984, integrou o Paice Ashton & Lord; Whitesnake e Gary Moore Band.
Discos recomendados: Deep Purple - In Rock (1970) e Burn (1973).



Tommy Aldridge: esse já tocou com Deus e o mundo: Black Oak Arkansas; Ozzy Osbourne; Pat Travers; Whitesnake: Thin Lizzy, etc. Foi o único dos 5 que tive a oportunidade de ver ao vivo, no show do Whitesnake em 2005. Sensacional. O bicho faz solo de bateria com as mãos (sim, sem baquetas), totalmente performático e preciso.
Discos recomendados: Ozzy Osbourne - Bark At The Moon (1983) e Whitesnake - Slip Of The Tongue (1989).

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quinta-feira, agosto 02, 2007

Todos adoram, menos EU - Parte 2


Em 2005, postei a 1a. parte deste texto. Escrevi, basicamente, a respeito de estilos de música e artistas que abomino. Dessa vez, tentarei abordar outros assuntos, senão vejamos:

1 - Novelas: êta falta do que fazer! Não há nada mais insuportável do que esses "folhetins" (não sei quem inventou essa expressão, mas é podre também). Antigamente, na infância, confesso que assistia. Afinal, não existia TV a cabo e ganhei meu primeiro vídeo-game aos 11 anos. Só que, hoje, todos páram para assistir e, no dia seguinte, comentarem durante o trabalho sobre as maldades da gêmea que finge ser a irmã. Até minha mãe faz isso, coitada. E esse negócio de ditar comportamento, moda, gírias (ainda sinto calafrios ao lembrar de "Num é brinquedo, não!") então? Tô fora....

2 - Algodoal (PA): nunca fui, nem quero ir nessa porcaria de ilha onde alimenta-se mal, bebe-se mal, dorme-se mal e locomove-se pior ainda. Além do que, adoro higiene e não aguentaria ficar sem um banho decente. É a grande moda dos playboys, maconheiros e revoltados-de-apartamento. Ah! E lá rola reggae o dia todo, pelo que já fui informado. Blaaaaargh!!!

3 - Pão doce: quem sabe eu seja um dos pouquíssimos seres humanos que não gosta disso. Meu saudoso e amado pai preparava diversas iguarias saborosíssimas da panificação. Porém, insistia em fazer roscas, tranças de natal ou qualquer massa assada com açúcar e frutas cristalizadas dentro. Pra mim, pão tem que ser salgado e recheado, de preferência com queijo, peito de peru, picadinho, carne assada ou outra sobra do almoço.

4 - Reunião de trabalho: ok, tem muita gente que também detesta, eu sei. Só que vocês não sabem o sentimento que um evento desses provoca em mim. Meu chefe adora realizar reunião. Por qualquer motivo, interesse, ou melhor, por qualquer coisa. Além disso, inventa os horários mais estapafúrdios para iniciá-las: oito e meia da noite de terça feira, depois de um dia cansativo de trabalho ou às 9 da manhã de um sábado, para apresentar a nova psicóloga da empresa aos membros da chefia. Credo...

5 - Telefone: quando ouço meu celular tocando logo falo um "PQP". Não consigo gostar disso, prefiro falar pessoalmente. E esses ring-tones que estão usando agora? É mp3 do Missão Impossível; algum hit do Jota Quest ou aquela coisa horripilante "Vai tomar no cu". Meu Deus! Pra piorar, normalmente me ligam para avisar que vai ter uma reunião amanhã às 9...

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quarta-feira, agosto 01, 2007

Prog Rock

O Rock progressivo surgiu no final da década de 60, quando algumas bandas resolveram unir elementos da música clássica, psicodélico e jazz ao já consagrado rock ‘n’ roll praticado na época. Os primeiros artistas a se aventurarem nessa mistura inusitada talvez tenham sido: Frank Zappa e Pink Floyd.
Alguns dizem que o consagrado disco Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (1967) dos Beatles foi enormemente influenciado pelo progressivo, visto que o Pink Floyd gravava o seu primeiro disco, The Piper At The Gates Of Dawn, numa sala ao lado dos Fab Four, no estúdio Abbey Road. As características básicas do estilo são: letras complexas, músicas de longa duração, mudanças de andamento, vocalizações, álbuns conceituais, intenso uso de teclados, ou até mesmo de instrumentos pouco usuais na esfera do rock, como: flauta, bandolim, violino, oboé, cítara, etc., tudo isso aliado aos “manjados” guitarra, baixo, bateria.

O gênero explodiu no começo dos anos 70 e foi popular até meados de 1976, quando artistas como Yes e Emerson Lake & Palmer passaram a ser vistos como “dinossauros”, auto-indulgentes, chatos, cafonas e megalomaníacos. A principal causa apontada foi o surgimento do Punk Rock, que pregava o do it yourself, a simplicidade e crueza instrumental e atitude rebelde, isto é, a antítese total do progressivo.

Elaborei uma listinha de discos prog que acho bem legais:


Hot Rats (1969) - Frank Zappa: o bigodudo Zappa possui uma discografia de dar inveja ao Roberto Carlos, dada a quantidade de lançamentos ao longo da carreira, até mesmo após sua morte, em 1993. No disco em questão temos 6 faixas, sendo 5 instrumentais e 1 com voz do Captain Beefheart. O estilo predominante é o fusion, com destaque para "Peaches En Regalia" e "Willie The Pimp".


The Yes Album (1971) - Yes: terceiro disco da banda e o primeiro contando com o guitarrista Steve Howe. Porém, os teclados ainda não estão a cargo do "mago das capas de lantejoulas" Rick Wakeman. Quem toca aqui ainda é o simples e eficiente Tony Kaye. "Yours Is No Disgrace", "Starship Trooper", "Perpetual Change" e "I've Seen All Good People" são clássicos que figuram até hoje no set-list do quinteto.

Foxtrot (1972) - Genesis: mais um "super-grupo" que contava com Peter Gabriel (voz), Steve Hackett (guitarra) e Phil Collins (bateria) na formação. A musicalidade do cd é impressionante: muita técnica, variações, pedais, mellotrons, etc. A épica faixa "Supper's Ready" com quase 23 minutos de duração se tornou referência no estilo. Uma pena que, ao assumir a liderança e a voz do conjunto nos anos 80, Phil Collins transformou-se na breguice que conhecemos...


Octopus (1972) - Gentle Giant: O GG era uma banda "estranha" e experimental, digamos assim: o som dela é difícil de rotular, meio que uma mistura de jazz, música clássica, folk e rock. Seus integrantes além dos instrumentos "tradicionais" tocavam saxofone, violoncelo, trompete, violino, xilofone e afins. As melodias são dissonantes, vocais harmônicos em sobreposição. Eu gosto, mas não aconselho esta banda a neófitos do progressivo.

Trilogy (1972) - Emerson Lake & Palmer: o terceiro disco de estúdio do trio inglês, só poderia ter o título de Trilogy, né? Tirando a horrenda capa, o som aqui é muito bom. Predominam os teclados de Keith Emerson, acompanhados da bateria precisa de Carl Palmer. Incrível notar que o som deles era "pesado" mesmo não contando com um guitarrista, vide o tema "Hoedown"

Thick As A Brick (1972) - Jethro Tull: imagine um disco composto de apenas UMA música. O tema gira em torno de um poema escrito por um precoce garoto inglês que fala sobre os desafios de envelhecer. O Tull é liderado pelo vocalista e flautista Ian Anderson e tem a competente guitarra de Martin Barre, com muita, mas muita influência do folk.

Remember The Future (1974) - Nektar: quarto trabalho lançado por este grupo inglês, com residência na Alemanha. Praticava o que podemos chamar de hard prog e, devido a isso, influenciou bandas como o Iron Maiden (existe até um b-side com o cover de "King Of Twilight").

Red (1974) - King Crimson: mais uma banda "estranha e experimental". Misturava jazz com rock pesado. Uma curiosidade é saber que o falecido "craque da guitarra" Kurt Cobain achava este disco o melhor de toda a história. A formação da banda aqui era: John Wetton (baixo e voz), Bill Bruford (bateria, ex-Yes) e Robert Fripp (guitarra). A faixa-título é foda!



Criaturas da Noite (1975) - O Terço: úncio representante brasileiro na lista, contava com os vocais, teclados e viola do Flávio Venturini (tá, sei que é um chato), mas fazia um som que misturava progressivo e rock 'n' roll com ritmos regionais. Há aqui a obra-prima do prog nacional: "1974", faixa instrumental de mais de 12 minutos de duração.



Moonmadness (1976) - Camel: banda liderada pelo guitarrista e vocalista Andy Latimer. Talvez, a melhor guitarra solo de todo o rock progressivo: um timbre perfeito de Fender Stratocaster e melodías belíssimas. "Lunar Sea" é o grande destaque do cd.

Enfim, o Rock Progressivo é um estilo difícil de gostar, pois precisa de tempo para ser "digerido", além de uma certa sensibilidade musical para apreciar técnica, virtuosismo e músicas longas. Quem ainda não conhece e quiser dar uma chance, aproveite as dicas acima.

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domingo, julho 22, 2007

"Solos de guitarra não vão me conquistar..."


Na realidade, vão, sim! Como bom aspirante a guitarrista que sou, amo solos de guitarra. Sempre analiso, tento tirar (isso é o mais complicado), estudo as características e a história do músico, etc.
No mundo da música, existem guitarristas que sabem tocar e aqueles que fingem saber (detesto estes "zerados"). Por outro lado, temos os que sabem tocar muito bem, mas não precisam mostrar isso a todo momento e os "masturbadores" do instrumento que, via de regra, deixam o feeling de lado e abusam da minha paciência tocando 140 notas por segundo (coisa muito legal de se fazer, porém maçante de ouvir).
Não vou negar que adoro virtuosos como Yngwie Malmsteen, Steve Vai, Joe Satriani e afins. Só que tenho predileção especial pelo sentimento que demonstra um Jimi Hendrix, Eric Clapton, Jimmy Page ou, até mesmo, guitar-heros como Steve Morse e Eduardo Ardanuy. O que importa é quando o solo se torna quase que um refrão da música, ou seja, você consegue lembrar dele.

Nesta pequena lista, relacionarei algumas músicas cujos solos de guitarra acho bem marcantes, sem ordem :

- "Gimme More Time" - Whitesnake - Álbum: Slide It In (1984) - Guitarrista: John Sykes;

- "Pro Dia Nascer Feliz" - Barão Vermelho - Álbum: Barão Vermelho 2 (1983) - Guitarrista: Roberto Frejat;

- "Die Hard The Hunter" - Def Leppard - Álbum: Pyromania (1983) - Guitarristas: Steve Clark e Phil Collen;

- "Shapes Of Things" - Gary Moore - Álbum: Victims Of The Future (1983) - Guitarrista: Gary Moore;

- "Lanterna dos Afogados" - Paralamas do Sucesso - Álbum: Big Bang (1989) - Guitarrista: Herbert Vianna;

- "No More Lonely Nights" - Paul McCartney - Álbum: Give My Regards To Broad Street (1984) - Guitarrista: David Gilmour;

- "Beat It" - Michael Jackson - Álbum: Thriller (1982) - Guitarrista: Edward Van Halen;

- "Easter" - Marillion - Álbum: Seasons End (1989) - Guitarrista: Steve Rothery;

- "Bark At The Moon" - Ozzy Osbourne - Álbum: Bark At The Moon (1983) - Guitarrista: Jake E. Lee;

- "While My Guitar Gently Weeps" - The Beatles - Álbum: The Beatles (1968) - Guitarrista: Eric Clapton;

- "Don't Stop Believin'" - Journey - Álbum: Escape (1981) - Guitarrista: Neal Schon;

- "Moonlight Shadow" - Mike Oldfield - Álbum: Crises (1983) - Guitarrista: Mike Oldfield;

- "Shout" - Tears For Fears - Álbum: Songs From The Big Chair (1985) - Guitarrista: Roland Orzabal;

- "Overkill" - Men At Work - Álbum: Cargo (1983) - Guitarrista: Ron Strykert ;

- "Detroit Rock City" - Kiss - Álbum: Destroyer (1976) - Guitarristas: Ace Frehley e Paul Stanley;

- "Straight To The Heart" - Dio - Álbum: Holy Diver (1983) - Guitarrista: Vivian Campbell;

- "Burn" - Deep Purple - Álbum: Burn (1973) - Guitarrista: Richie Blackmore;

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quarta-feira, julho 18, 2007

Não tem nada a ver comigo, mas eu gosto

Geralmente, julho, em Belém, é o mês das férias. Os estudantes ficam de pernas pro ar, os pais aproveitam para organizar a viagem para os "balneários" (cara, como odeio esse termo brega), alguns trabalhadores afortunados ganham alguns dias para seu descanso, etc.

Esse ano, o "meu" julho tem sido bem diferente da situação acima descrita: trabalho, trabalho e mais trabalho. Parece que todos os juízes trabalhistas foram proibidos de gozar deste direito constitucional (art. 7º, inciso XVII) e, dessa forma, resolveram "punir" autor, réu e seus respectivos advogados, marcando ou re-marcando as audiências para o mês corrente. Já pensou ter que ir para o tribunal às 11 horas da manhã de uma sexta-feira de julho? Eu mereço mesmo. A sorte está tão grande que, na última sexta-feira 13, bati meu carro em outro, pertencente à nossa "super bem preparada psicologicamente" Polícia Militar, mas isso é assunto para um outro texto.

Onde quero chegar discorrendo sobre tudo isso? Apesar de ocupado, tenho escrito mais aqui no Blog. O assunto da vez são as coisas que não têm nada a ver comigo mas que, inusitadamente, eu gosto. As pessoas que me conhecem bem normalmente já traçam um perfil das minhas preferências e implicâncias. Assim, surpreendendo a todos, aí vai:

Comédia-romântica: não sei que razão me faz gostar de um filme onde um casal se conhece mas, num primeiro momento, não se envolve, para, depois de diversas situações cômicas, ficarem juntos, terminarem e, no fim, reatarem o relacionamento. É sempre assim, pode reparar em "Um Lugar Chamado Nothing Hill", "Casamento Grego", "Como Se Fosse a Primeira Vez", etc. Talvez, porque sou muito tímido com as mulheres, sei lá...

Cindy Lauper, Madonna, Sade, Roxette e Cranberries: não gosto muito de vocais femininos, provavelmente devido às minhas raízes "metálicas", onde predominam 95% de vozes masculinas (não necessariamente voz de macho). Ocorre que cresci ouvindo Cindy Lauper e Madonna; Roxette é um pop-rock bem legal de escutar com a namorada; A Sade tem uma voz tão sensual e cool e as músicas dos Cranberries são fáceis de tirar no violão, hehehehe.

Soundgarden e Foo Fighters: roqueiro que me conhece, sabe que eu ODEIO grunge e todas as bandas alternativas vindas daquela cena de Seattle, no início dos anos 90. Eu tinha tudo para detestar, também, estas 2 bandas. Todavia, acho que o Soundgarden tem um groove e um "quê" bem pesado e true. Já a banda do Dave Grohl, ex-Nirvana (esta é a que eu menos suporto em todo rock) faz aquele rockzinho maneiro, com uma levada pop, com refrões empolgantes, apesar do instrumental deles não possuir nada muito técnico ou complicado. Mas, afinal de contas, eu adoro Ramones!

Veja, Isto É e Época: não gosto de política, não possuo nenhuma posição partidária ou ideológica, sei bulhufas de economia e índices financeiros, tampouco ligo para exposições de arte contemporânea realizadas em algum SESC-Pompéia da vida. Só que eu não consigo ver uma revista dessas "dando sopa" por aí. Logo eu pego, começo a folhear e devoro a dita cuja inteirinha. Como não costumo assistir aos tele-jornais, nem aos canais jornalísticos da SKY, é uma boa forma de me manter não tão alienado assim.

Religiões: eu acredito em Deus, isso é fato.Porém, não me chame para ir em missa, mesa-branca, terreiro, sinagoga, oração, terço, etc. Acho isso tudo uma grande chatice, perda de tempo, enrolação, ou seja, fico com sono e me estresso. Contudo, tenho um fascínio por conhecer a história das crenças, religiões, como surgiram, o que eles acreditam, o que proíbem (adoram proibir alguma coisa). Quem sabe por eu acreditar nessas teorias conspiratórias, fico tentando achar quem é que está mentindo, querendo dominar o Mundo.

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terça-feira, julho 17, 2007

Bandas para escutar o resto da vida


De novo, o Doda pediu e eu não pude recusar (mas não te "entrosa" hein, sacana! Ainda existem certas coisas que não faço!). Ok, chega de trocadilhos idiotas de 8a. série, hehehe. Minha missão, agora, é listar quais as 5 bandas que eu escolheria para passar o resto da vida ouvindo.

É uma tarefa bem difícil para mim, um ávido devorador de música, tanto faz ela rock 'n' roll, metal, jazz, ou seja lá o que for. Meu PC passa 6 dos 7 dias da semana, ininterruptamente conectado ao SoulSeek, baixando tudo o que eu ainda não tinha comprado em disco antes da invenção da banda-larga. Isto é, possuo a discografia de inúmeras bandas que eu já gostava, de muitas que conhecia pelo nome e de algumas que sequer tinha ouvido falar. É quase 1 Tera-byte de mp3 e uns 1.500 cd's pra escolher. Não que eu seja "o expert" (longe de mim) mas, quando o assunto é música, não nego fogo. Pois bem:

Vamos supor que o meu querido Paysandu fechasse as portas e fosse extinto (infelizmente, a situação do clube começa a me afligir quanto à esta possibilidade). Só com isso, eu já perderia quase 40% do meu divertimento que é ir ao campo ("estádio", aqui em Belém) e me tornaria um semi-morto. Imaginemos, também, que eu tivesse casado com uma ploc lanceira ("puta", termo também usado na capital paraense) que tomasse todos os meus bens num divórcio, me deixando completamente liso, só me restando um iPod com a discografia de 5 bandas para ouvir enquanto bebesse um gole de buchudinha ("cachaça", vocês já sabem onde), para depois sair andando nú, todo sujo, pela rua. Quais seriam essas bandas?

Elvis Presley: O cara popularizou tudo o que veio depois dele. Até então, rock era visto pelos americanos racistas (desculpem-me pelo pleonasmo) como música de negro delinquente. Esse tabu foi quebrado e o estilo explodiu quando o "Rei" apareceu. Não o escolhi só pela importância histórica, mas também porque acho suas músicas divertidas pra caramba e, apesar de umas bobinhas, outras melosas, o cara tem um vozeirão, com um extenso alcance e técnica que fez alguns especialistas considerarem um instrumento. Eu gosto até da fase cafona dele: inchadaço, usando aquelas roupas com capas brancas, lantejoulas e suas costeletas enormes.

Black Sabbath: Os "pais" do heavy metal. Existe frase mais clichê? Só que não tem como negar que o Sabbath demonizou, distorceu e aumentou o volume de tudo que o Elvis criou. Tony Iommi, com seus riffs e power-chords, influenciou 10 entre 10 guitarristas de qualquer sub-gênero da música pesada. Tanto faz com Ozzy, Dio, Ian Gillan, Glenn Hughes ou, até mesmo, com o mega-esculachado Tony Martin nos vocais, o extenso material lançado por esta banda merece ser ouvido até a minha morte. Por favor, sem "Paranoid" ou "Iron Man" no iPod, mas com todo o resto, principalmente "Heaven and heeeeeeeeellllll!!!" \m/

Queen: Pouco me importa se todo mundo tem implicância com a viadagem do Freddie Mercury ou se já estou enjoado de "We Will Rock You", "We Are The Champions", "I Want To Break Free" e "Love Of My Life". Considero essa banda injustiçada justamente pelos hits, já que os primeiros 8 (oito) discos de estúdio lançados entre 1973 e 1980 são quase obras-primas, recheados de ecletismo (termo perigoso, eu sei), variações ritmicas, fraseados guitarrísticos inovadores de Brian May, quase como uma orquestra de guitarras. Do meu iPod poderiam limar todos os sucessos radiofônicos, exceto "Under Pressure", a minha favorita na obra do Queen.

Deep Purple: Se o Black Sabbath inventou o heavy metal, o Purple colocou muita técnica, improvisação, e profissionalismo no estilo. Recheado de músicos talentosíssimos em quaisquer de suas inúmeras formações (a banda já trocou de integrantes como quem troca de roupa) e mistura o peso da guitarra com a erudição do teclado, além dos potentes vocais de Ian Gillan, sendo que a fase com David Coverdale/Glenn Hughes nos vocais também é perfeita, pra mim. O conjunto gerou uma série de "filhos" como Rainbow, Whitesnake, Ian Gillan Band, além de ter influenciado uma geração inteira de bandas do heavy ao progressivo. Sem "Smoke on The Water", please...

Kiss: Rá!!! A grande "surpresa" da lista. Claro que essa aqui não poderia faltar, né? Sou fã assumido e tenho quase TUDO. Tá, é impossível afirmar isso de uma banda que já lançou desde camisinha, cartão Visa, automóvel e até caixão(!). Foram eles que inventaram as explosões, mega-espetáculos nos shows, o glam, e todo o hard rock festeiro que se seguiu dos anos 70 até hoje. O conjunto tem mais de 30 discos lançados: o rock 'n' roll do início, uma fase disco, um álbum conceitual, uma guinada ao heavy metal, a "farofada" dos anos 80 e a volta das maquiagens. É muita coisa boa, com algumas merdas, claro. Mas, se no merchandising oficial eles lançaram até papel-higiênico, por que não podem fazer cagada? Ah! Na pasta do Kiss, pode deixar tudo, inclusive "Rock And Roll All Nite" :-)

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sexta-feira, julho 06, 2007

Tocando guitarra



No último dia 29 de junho, foi realizado no auditório do CCAA de Belém a primeira prova prática do curso de guitarra da Escola G2 Muhsica. O evento foi aberto ao público, em especial aos familiares e amigos dos alunos participantes.

Por ser aluno há cerca de 1 (um) ano, também fui avaliado naquela noite quente de sexta-feira. Confesso não ter me dedicado ao estudo, nem tampouco realizado mais ensaios. Sobretudo, por estar muito nervoso (sou tímido, porra!) não fiz uma boa apresentação, bem abaixo da nota 7,5 que recebi (obrigado ao meu professor e amigo Saulo Caraveo, pela aliviada).

O "quase-fiasco" pode ser conferido neste link. Eu sou o cara da esquerda, usando essa camisa bege. Fiquem à vontade para comentar minha performance...

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sábado, junho 30, 2007

Top 5: Playboy's favoritas da adolescência



Bom, já tem um tempão que não escrevo por aqui. Os motivos são os mesmos de sempre: preguiça, falta de criatividade e/ou saco, ou seja, não nasci para ser um blogueiro.


Todavia, tenho acompanhado os blogs legais que constam da pasta "Meus favoritos" do IE. Seguindo a sugestão do Doda, amigo dos tempos de colégio, elaborei a lista das 5 Playboy's que marcaram meus tempos de "empinador de papagaio", quando eu era um magricelo cheio de espinhas na cara, apelidado de "Chokito" :-(

Só lembrando que a lista está em ordem cronológica, não de preferência...


1 - Vanusa Spindler - Junho de 1989: foi a primeira revista "dessas" que eu ganhei. Foi presente da minha mãe (!). A musa da capa tinha bunda e seios grandes, loira, olhos azuis, etc. Por onde anda Vanusa?

2 - Mara Maravilha - Fevereiro de 1990: calma, eu sei que ela não era lá essa coca-cola, mas era quem eu assistia durante as tardes na então TVS. Imagine a curiosidade da garotada na pré-puberdade para ver as "maravilhas" da apresentadora (tá bom, foi horrível esse trocadilho).

3 - Kátia Maranhão - Abril de 1991: lembro que nunca tinha ouvido falar nela até então. Contudo, depois deste ensaio ela foi apresentadora do Casseta & Planeta Urgente por um tempo. Branquinha, cabelos ondulados, fotos tomando banho de espuma, pera aí um pouquinho...

4 - Cristina Mortagua - Maio de 1992: Nossa! Essa aí era (ou ainda é) uma das mulheres mais safadas da face da Terra. Mesmo vestida de freira, não tem escapatória. Morenaça muito gostosa. O Edmundo "Animal" comeu, engravidou e se fud...

5 - Mônica Carvalho - Maio de 1993: Taí o tipo de mulher que eu mais gosto: morena meio mestiça com índia; cabelos encaracolados; seios médios; bunda arredondada, mas não muito grande, pêlos pubianos aparados, porém, no lugar onde devem estar (odeio essas depilações de hoje em dia). Na época, ela aparecia na abertura de uma novela. Atualmente, acha que é atriz.

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