quarta-feira, março 29, 2006

Você precisa conhecer em Belém


- O mau-humor da garçonete/dona do Budega;

- As cadeiras com cheiro de c* do Toc-Toc da Doca;

- A Cerpa QUENTE do Café Imaginário;

- O lema "o cliente está sempre errado" do Habib's;

- As malucas operações matemáticas feitas na conta do Pizza Hut;

- Ouvir: -Acabou a cerveja, às 22h no Jungle;

- Também ouivr: - Se não estiver no happy-hour não pode consumir nada, no Amazon Beer;

- O couvert artístico mais caro que a pizza da Vitória (Icoaraci);

- O X-gordura do Big Mengão;

- O "pitiú" que paira no ar no Asahi (Av. Gov. José Malcher);

- As formigas na terra embaixo da sua mesa do Churrasquinho do Japa (Rod.Augusto Montenegro);

- O interminável reggae do Santa Fé;

- O "descontão" que a dona do Arapuca's (Av.Dr. Freitas, próximo à casa do Orla) faz na compra de uma grade de cerveja.

QUE BELEEEEEZA!!!

Ps: quem tiver mais dicas gastronômicas ou culturais, deixe nos comentários ;)

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segunda-feira, março 27, 2006

AOR


Mas o que diabo significa AOR? Essa é a sigla de Adult Oriented Rock (rock orientado para adultos) ou Arena Oriented Rock (rock orientado para arenas), isto é, um rock comercial (feito para tocar nas rádios), melódico, carregado em refrões, riffs de guitarra e teclados (bastante teclados!!!). Assemelha-se bastante ao rock "farofa", só que este aproxima-se mais do heavy metal, enquanto que no AOR predominam o pop e as baladas açucaradas.

Foi o som característico dos anos 80, principalmente nos filmes produzidos nos EUA (Férias do Barulho, A Garota de Rosa-shockin', Rocky IV, Clube dos Cinco, Footloose, etc) e nas propagandas de cigarro que mostravam jovens saudáveis praticando esportes radicais, aventura e adrenalina na veia (uhuu!!).

Nos dias atuais, apesar de sua total decadência, o estilo ainda sobrevive no underground saudosista e nas rádios classic rock americanas. Porém, sem o mesmo apelo popular que o tornou a moda (ou a "praga") da década oitentista. A seguir, alguns artistas representativos do gênero e suas músicas de maior sucesso:

Boston: More Than A Feeling (1976);

Styx: Babe (1979) e The Best Of Times (1980);

Kansas: Dust In The Wind (1977), Point Of Know Return (1977) e Play The Game Tonight (1982);

Journey: Don't Stop Believin' (1981), Separate Ways (1983), Be Good To Yourself (1986) e Ask the Lonely (1988);

Asia: Only Time Will Tell (1982) e Heat Of The Moment (1982);

Heart: These Dreams (1985) e Alone (1987);

Foreigner: Waiting For A Girl Like You (1981) e I Wanna Know What Love Is (1984);

Survivor: Eye Of The Tiger (1982), Moment Of Truth (1984), I Can't Hold Back (1985) e Burning Heart (1985);

Toto: Hold The Line (1978), Rosanna (1982), Africa (1982) e I'll Be Over You (1986);

King Kobra: (Never Say Die) Iron Eagle (1986)

Quem estiver interessado nas "preciosidades", pode procurar na net ou me pedir, já que adoro essas breguiçes toscas.

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sexta-feira, março 10, 2006

Grandes vocalistas: GLENN HUGHES


Glenn Hughes nasceu em 1952, na Inglaterra. Aos 16 anos, montou a banda Trapeze e entrou para o mundo da fama como vocalista e baixista. Eles lançaram três álbuns, sendo que o melhor é "You Are The Music, We’re Just The Band" (1972).

Em 1973, foi convidado pelo tecladista Jon Lord para substituir o baixista Roger Glover no Deep Purple. O guitarrista e temperamental Richie Blackmore, não aceitou que Hughes assumisse também o posto de vocalista (Ian Gillan também havia deixado o conjunto), pois achava que ele brilharia mais do que o resto da banda. Assim, recrutou um ex-balconista de uma loja de roupas, David Coverdale (que anos mais tarde montaria o Whitesnake), para assumir os vocais.

Assim, lançaram o disco "Burn" (1973) e "Stormbringer" (1974). A combinação do timbre bluesy de Coverdale com a versatilidade e os agudos ilimitados de Hughes tornou-se uma das maiores características do Deep Purple. Hughes levou a banda para uma direção mais funky, ratificada com o álbum "Come Taste The Band" (1975), já contando com o guitarrista Tommy Bolin, no lugar de Blackmore.

Foi nessa época que Hughes e Bolin tornaram-se grandes amigos e, infelizmente, parceiros no vício das drogas. Reza a lenda que, durante as turnês, a banda viajava pelos EUA de avião, enquanto os traficantes seguiam de van pela estrada, para suprir o fornecimento de cocaína e heroína para a dupla. Ironicamente, Bolin morreu de overdose de heroína em 1976, precipitando o fim do Deep Purple.

A partir daí, Hughes lançou seu primeiro disco solo, "Play Me Out" (1977), e sumiu, afundado-se de vez nas drogas.

Em 1986, entrou para o Black Sabbath, onde gravou o disco "Seventh Star". Todavia, devido ao avançado estágio de dependência química, brigou com um roadie, levando um soco no nariz que lhe causou uma hemorragia seríssima (o sangue escorria para a garganta, praticamente impossibilitando-o de cantar). Dessa forma, só participou, no sacrifício, de 5 (cinco) shows da turnê de divulgação.

Apenas em 1992, já totalmente limpo e livre do vício, Glenn retomou sua carreira solo, lançando uma série de discos, nos mais diferentes estilos: blues em "Blues" (1992); hard rock "farofa" em "From Now On" (1993) e "Burning Japan Live" (1994); soul e funk com "Feel" (1995) e "Addicted" (1997) e o mais puro rock com "Return To Crystal Karma" (2002) e "Songs In The Key Of Rock" (2003).

Isso sem contar suas participações como convidado em trabalhos de outros músicos e projetos como Phenomena, Voodoo Hill e HTP, ao lado do também ex-Deep Purple, Joe Lynn Turner.

Quem gosta de um rock and roll vigoroso, recheado de influências das mais diversas, como o funk (não é o carioca, pelamordedeus!), soul, blues e pop, não pode deixar de conferir o competente contra-baixo e a impressionante voz desse cara, apelidado sabiamente de "The Voice of Rock".

Uma curiosidade: em 2001, foi noticiado que Glenn Hughes havia morrido, o que causou uma confusão danada. Na realidade, o falecido foi outro Glenn Hughes, cantor do grupo macho men Village People, vítima de AIDS.

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segunda-feira, março 06, 2006

Grandes guitarristas: STEVE VAI


Steve Vai nasceu nos Estados Unidos em 1960 e estudou guitarra no Berklee College of Music. Ele jamais escondeu sua admiração por Frank Zappa, admiração essa que o fazia passar horas e horas quebrando a cabeça para transcrever a clássica The Black Page Nº 1. Em 1979, ao terminá-la, fez uma demo onde a tocava (dizem que Steve a gravou com o dobro da velocidade da original!), e junto à transcrição, enviou-a em uma carta endereçada a Zappa.

Ao ouvi-la, Zappa ficou impressionado com a habilidade incomum do garoto, e o chamou para se juntar à sua banda. Vai gravou vários discos com Zappa como "You Are What You Is" e "The Man From Utopia", todos do período entre 1980 e 1983. Sendo membro importante da banda de Zappa, fez turnês onde o mestre o apresentava como o responsável pelas "impossible guitar parts" (partes impossíveis da guitarra). De seu ídolo, ele absorveu muito, fato demonstrado no seu primeiro trabalho solo, "Flex-able" (1984).

Em seguida, Vai substitui Yngwie Malmsteen no Alcatrazz, gravando o disco "Disturbing The Peace" (1985);

Depois, fez uma participação especial no filme "A Encruzilhada" (Crossroads, 1986) que conta a história de um estudante de violão clássico (Ralph Macchio, o Daniel Sam de "Karatê Kid") que busca a fama. O seu maior ídolo é o bluesman Robert Johnson e como se dizia que este não havia gravado sua trigésima música, o rapaz decide encontrar e gravar a tal música para lançar sua carreira. O momento clássico é o "duelo" de guitarras entre Macchio e Steve Vai (que interpreta uma espécie de braço direito do diabo).

Daí pra frente, o cara virou mega-star, destronando do reinado guitarrístico o, até então, unânime Eddie Van Halen quando, ironicamente, foi chamado pelo vocalista David Lee Roth, ex-vocalista do próprio Van Halen (aquele da música Jump), para integrar sua banda solo de 86 a 88. (Nota: no carnaval, passou o clipe de Yankee Rose, desta época, numa maratona da MTV).

Entre 89 e 90, gravou e participou da turnê do disco "Slip Of The Tongue" do Whitesnake. Seguindo, definitivamente, em carreira-solo desde então.

Pra quem gosta de guitarra ultra-técnica e liberdade estética musical, indico o segundo e melhor disco solo dele, lançado em 1989: "Passion And Warfare".

Além de tocar, Vai também canta em seus discos. Outra curiosidade, é que o rapaz tem um modelo próprio de guitarra feito pela marca Ibanez, o JEM7V, de 7 (sete) cordas!!!

Fora isso, ele é também bem poser: faz meditação oriental zen, usa roupas e óculos espalhafatosos, e nos shows, exige um ventilador no chão do palco para que seus cabelos fiquem esvoaçando. Em 2004, ao vir ao Brasil, uma de suas exigências de camarim eram xampús e condicionadores específicos para cabelos oleosos. Ou seja, é um ser VAIdoso.

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PINK FLOYD - "The Final Cut" (1983)


Esse é o disco mais controverso de toda a carreira do Pink Floyd: odiado pela maioria, adorado por poucos, sempre foi considerado quase um disco-solo do baixista/vocalista Roger Waters. Mas essa predominância já vinha desde o multi-platinado The Wall (1979), quase inteiramente composto por ele. As gravações foram marcadas por muita tensão e brigas entre os integrantes, culminando com a demissão do tecladista e membro fundador Richard Wright.

O que mais incomodou os fãs foi o fato dos outros componentes figurarem basicamente como "músicos contratados". Há também pouca ênfase nas guitarras (há muita orquestra, isso sim). Porém, quando aparecem, os solos de David Gilmour (que só canta em "Not Now John") continuam marcantes, como em "The Fletcher Memorial Home".

O clima das canções é denso, triste e depressivo (não indico sua audição a quem possui tendências suicidas), porém, de uma riqueza lírica singular. Todo o disco trata sobre os prejuízos da guerra e sobre o desperdício de vidas humanas feito pelos governantes. Visto que o pai de Roger Waters morreu em combate na 2a. Guerra Mundial, fica óbvio que este álbum é bastante autobiográfico. As pequenas faixas de tecido colorido da capa tratam-se de condecorações a soldados. O subtítulo do cd é "A requiem for the post war dream" ("uma elegia para o sonho do pós-guerra").

Pra mim, é uma obra subestimada e injustiçada, que precisa ser "digerida" com atenção do ínicio ao fim, para que todo o seu conceito seja entendido. É o meu favorito, junto com o Animals (1977).

Após o lançamento, Waters saiu da banda e partiu para a carreira solo, iniciando um processo judicial contra os remanescentes para que o nome "Pink Floyd" não fosse mais usado. Não preciso dizer que ele perdeu a causa né?

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