segunda-feira, março 06, 2006

PINK FLOYD - "The Final Cut" (1983)


Esse é o disco mais controverso de toda a carreira do Pink Floyd: odiado pela maioria, adorado por poucos, sempre foi considerado quase um disco-solo do baixista/vocalista Roger Waters. Mas essa predominância já vinha desde o multi-platinado The Wall (1979), quase inteiramente composto por ele. As gravações foram marcadas por muita tensão e brigas entre os integrantes, culminando com a demissão do tecladista e membro fundador Richard Wright.

O que mais incomodou os fãs foi o fato dos outros componentes figurarem basicamente como "músicos contratados". Há também pouca ênfase nas guitarras (há muita orquestra, isso sim). Porém, quando aparecem, os solos de David Gilmour (que só canta em "Not Now John") continuam marcantes, como em "The Fletcher Memorial Home".

O clima das canções é denso, triste e depressivo (não indico sua audição a quem possui tendências suicidas), porém, de uma riqueza lírica singular. Todo o disco trata sobre os prejuízos da guerra e sobre o desperdício de vidas humanas feito pelos governantes. Visto que o pai de Roger Waters morreu em combate na 2a. Guerra Mundial, fica óbvio que este álbum é bastante autobiográfico. As pequenas faixas de tecido colorido da capa tratam-se de condecorações a soldados. O subtítulo do cd é "A requiem for the post war dream" ("uma elegia para o sonho do pós-guerra").

Pra mim, é uma obra subestimada e injustiçada, que precisa ser "digerida" com atenção do ínicio ao fim, para que todo o seu conceito seja entendido. É o meu favorito, junto com o Animals (1977).

Após o lançamento, Waters saiu da banda e partiu para a carreira solo, iniciando um processo judicial contra os remanescentes para que o nome "Pink Floyd" não fosse mais usado. Não preciso dizer que ele perdeu a causa né?

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5 comentários:

Unknown disse...

mas no final das contas, a melhor música de todas ainda é Wish you were here.
beijuuu emaaaaa

Anônimo disse...

Nossa que texto! Valeu a pena esperar. Retorno em grande estilo!! :)

Ah! Marcela, Breathe tb é linda!!
Beeeijos

Anônimo disse...

concordo ... bom como eu PIRADO po um som deprê eu tenho esse e acho esse disco bacana.. (não dos melhores) pra mim ainda é uma compilação de 71, o relics
O final Cut é pra ouvir no canto do quarto, sentado no chão.. fumando um maço de cigarro, o quarto com aquela névoa, persiana fechada com a sombra do sol de 5:45 da tarde na parede fazendo a fumaça do cigarro evidente.. três garrafas de vocda secas no chão.. a barba por fazer por uma semana.. e olhar perdido no horizonte da parede branca.
AHHH!!! consegui o vinil do Dark Side of the moon!! :P uma amiga me deu de presente.. bora marcar uma farra aqui em casa pra ouvir por favor!! vamos recrutar outros fãs.
Quanto ao Animals, não o conheço bem.. ouvi pouco.. mas a capa já vale, sinceramente.. é uma das capas de disco mais bonitas que a humanidade já fez... (gosto é gosto blz? heauheuae) :P abraço muleeeq.

Anônimo disse...

É o disco pra aqueles momentos... Um som poderoso, uma voz vinda do mais profundo abismo do ser. Não concordo com as letras, pois pra mim a guerra é bonita, mas adoro algumas frases soltas e tiradas do contexto

Anônimo disse...

Dou muito valor a "Time" (The Dark Side of the Moon).
Aliás, andei analisando a letra da música. Dê uma passadinha =).
asourcefullofsecrets.blogspot.com
Abraço