quarta-feira, dezembro 28, 2005

20 discos favoritos da década de 80

Judas Priest - British Steel (1980):

Uma verdadeira reunião de hinos do heavy metal: "Breaking The Law", "Living After Midnight", "Grinder", "United", "Metal Gods", etc. Se o Judas nunca tivesse lançado um best of, eu indicaria este aqui como opção.

AC/DC - Back In Black (1980):
Tá certo que o Brian Johnson não chega perto da bactéria da unha do pé do falecido Bon Scott. Outrossim, a banda juntou os cacos após a tragédia lançando um disco nota 10, recheado de petardos: a faixa-título; "Hells Bells"; "Shoot To Thrill" e, uma das minhas preferidas, "You Shook Me All Night Long", Foi um dos discos de hard rock mais vendido da história.

Rush - Moving Pictures (1981):

O Rush já havia flertado com o pop no disco anterior, "Permanent Waves" (80). Desta vez, o conjunto canadense continuou acessível, porém, esbanjando técnica e categoria. "Tom Sawyer" (a famosíssima abertura de 'Profissão Perigo', aquela série do McGyver); "Red Barchetta"; a instrumental "YYZ" e "Witch Hunt" figuram até hoje nos shows da banda.



Iron Maiden - Piece Of Mind (1983):

Esse é o álbum que consolidou de vez a banda de Steve Harris como a maior dos anos 80. "The Trooper"; "Revelations"; "Flight Of Icarus" e a ultra-técnica e pesada "Where Eagles Dare" colocam qualquer disco deles lançado a partir dos anos 90 no bolso. Sensacional, meu preferido do Iron, disparadamente.

Black Sabbath - Born Again (1983)
Certa noite, durante uma bebedeira "felomenal", o guitarrista Tony Iommi convidou o vocalista Ian Gillan (ex-Deep Purple) para cantar no novo disco do "Sabá". O resultado foi um dos discos mais pesados e sombrios do quarteto de Birmingham. O que Gillan grita, se esgoela, arregaça nos agudos em "Digtal Bitch"; a faixa-título; "Zero The Hero" e "Disturbing The Priest" é de arrepiar. O último grande álbum do BS, na minha opinião.



Yes - 90125 (1983)
O rock progressivo havia acabado com o surgimento da disco e do punk no fim dos anos 70. Em 83, os remanescentes do Yes juntaram-se ao guitarrista sul-africano Trevor Rabin (hoje arranjador de trilhas sonoras, como a do filme "Armmagedon") e montaram a banda Cinema. Só que o vocalista Jon Anderson resolveu participar da "parada" e tudo acabou virando Yes, de novo. É desse álbum o primeiro, e único, #1 hit da banda: "Owner Of A Lonely Heart". Outros destaques são: "Hearts"; "Changes" e os fantásticos vocais a capella em "Leave It". Os fãs mais puristas odeiam essa fase dizendo que é muito pop e não tem nada de progressiva.


Yngwie J. Malmsteen - Rising Force (1984)
O grande revolucionário da guitarra na era pós-Eddie Van Halen estreou com um disco praticamente impecável, trazendo diversas influências neo-clássicas para o hard rock aliadas à sua estupenda velocidade e técnica. Pra mim, ele nunca conseguiu chegar perto desse álbum nos lançamentos subsequentes. "Black Star"; "Evil Eye" e "Far Beyond The Sun" são insuperáveis.



Van Halen - 1984 (1984)
Quem nunca escutou aquela introdução de teclado de "Jump"? É o maior sucesso da carreira do grupo, permanecendo nos charts americanos por várias semanas seguidas. É o último disco contando com a voz do performático e doidão David Lee Roth. Na despedida, ele também detonou "Panama"; "Hot For Teacher" e "I'll Wait", todas cativas nos hit parades americanos da época.


Deep Purple - Perfect Strangers (1984)
A volta da formação clássica do lendário grupo inglês (a Mk. II, como dizem os fãs). Apesar da voz do Ian Gillan já estar meio detonada depois de tanta gritaria na turnê do Black Sabbath em 83 (já comentado acima), ainda foram compostas grandes canções como "Knockin' At Your Back Door", "Nobody's Home" e a ultra-pedida e coverizada faixa-título. Na minha opinão, tem muito resquício do Rainbow (ex-banda do guitarrista Richie Blackmore) aqui.



Marillion - Misplaced Childhood (1985)
Eles eram acusados de imitar descaradamente a fase progressiva do Genesis. Contudo, neste álbum conceitual, onde todas as músicas são interligadas, a banda inglesa finalmente ganhou identidade nas belíssimas melodias e solos de guitarra recheados de chorus e delay em "Lavender", "Heart Of Lothian" e "White Feather". Engraçado é que ouço a baladinha "Kayleigh" em qualquer Antena 1 da vida, na madrugada, até hoje.


Ozzy Osbourne - The Ultimate Sin (1986)
O madman se cobriu de lantejoulas, vestiu calça de lycra e aderiu ao Glam que dominava o metal em 86. Muitos detestam esse disco. Questão de gosto, pois contando com os riffs do subestimado Jake E. Lee (sempre esquecido em detrimento de Randy Rhoads e Zakk WIlde) é difícil não ter saído coisa boa. "Killer Of Giants", "Secret Loser" e o mega-hit "Shot In The Dark" são pura farofa, áááuuu!!!


Europe - The Final Countdown (1986)
Talvez o Europe seja eternamente lembrado apenas pela música que deu nome a este álbum. E não é para menos, pois o que aquele teclado martelou na mídia nos 80's não foi brincadeira. Apesar de tudo, existem faixas bem superiores àquela: "Cherokee"; "Rock The Night" e "Time Has Come", que provam que dos poodle-hairs desses posers também saía boa música.


Metallica - Master Of Puppets (1986)
O epitáfio do baixista Cliff Burton é o melhor disco de thrash metal de todos os tempos, unindo peso, velocidade e riffs intrincados. Eles devem ter esquecido de "Bathery" e "Welcome Home (Sanitarium)" quando gravaram os medonhos Load (1996) e St Anger (2004).


Slayer - Reign In Blood (1986)
O baixista não toca nada, os guitarristas são meia-boca e o baterista é um polvo triturador de peles. Perfeito! Agressividade na medida certa. "Raining Blood" e "Angel Of Death" são clássicos do metal extremo.




Def Leppard - Hysteria (1987)
Primeiro disco dos britânicos após o acidente que custou o braço esquerdo do baterista Rick Allen. É mais um daqueles ábuns com cara de coletânea: "Armegeddon It", "Animal", "Pour Some Sugar On Me", "Rocket", "Women", a faixa-título e a não indicada para diabéticos "Love Bites" (que ganhou versão do grupo brasileiro Yahoo - eu não quero tocar em você, oh baby) renderam singles individuais.

Whitesnake - Idem (1987)
David Coverdale abandona de vez o hard rock bluesy dos primeiros discos e pula de cabeça numa piscina de farofa. "Is This Love?" (essa toca até na rádio Liberal); as regravações de "Here I Go Again" e "Crying In The Rain"; "Bad Boys" e "Gimme All Your Love" estavam presentes no show do grupo em São Paulo, em setembro deste ano, mostrando por que este disco é clássico.

Manowar - Kings Of Metal (1988)
Hail, Hail, Hail And Kill; Other bands play, Manowar kills!!! Depois destes refrões de dois clássicos do power metal não preciso dizer mais nada, hein Massacration?







Helloween - Keeper Of The Seven Keys Pt. II (1988)
O melhor disco de heavy metal "alegrinho" (melódico) da década. Ainda contava com o guitarrista Kai Hansen e com o vocalista Michael Kiske (maior arroz de festa da atualidade). "Dr. Stein"; "Eagle Fly Free"; "Save Us" e "I Want Out" foram clonadas mais de um bilhão de vezes por todos as bandas seguidoras do estilo. Recentemente, ganhou uma terceira parte muito sem graça, por sinal.

Stevie Ray Vaughan - In Step (1989)
O blues rock do texano SRV finalmente ganha o respeito da crítica. Foi o primeiro disco gravado pelo guitarrista totalmente sóbrio. Infelizmente, o mundo perdeu o "Hendrix branco" em 1990, vítima de um acidente aéreo. The Sky Is Crying...

Um comentário:

Anônimo disse...

Putz... pecado mortal ter esquecido o theatre of fate do Viper, mas do q eu conheço tá valendo